Você quer ser empregado ou empregador?

Pergunta difícil? Ou fácil? Como tudo na vida depende do ponto de vista, dos objetivos e metas que se pretende alcançar e, por último, mas não menos importante: das oportunidades.  Lembrando que as oportunidades não caem do céu feito chuva. Para ser empregado, por exemplo, não basta que se tenha uma profissão aliada à uma boa experiência e formação acadêmica no ramo ou um bom networking, se não tiver oportunidades, se o mercado de trabalho não estiver propício a recebê-lo, pode ser que profissionais fiquem um bom tempo sem emprego. A nossa indagação maior é – Você tem cabeça de empregado ou de patrão?

O empregado é aquele que só pensa no dia do pagamento do mês, só pensa na sexta-feira para ter o final de semana de repouso, imagina e sonha com um feriadão prolongado, para passear e se divertir. Este é o empregado tradicional e, geralmente, comenta maliciosamente para quem pensa diferente, que o colega é puxa-saco, é babão, é besta porque trabalha mais do que o necessário, enfim, rotula seus colegas das mais diferentes maneiras tentando justificar sua falta de visão empreendedora e de uma carreira profissional promissora.

O trabalhador com visão de empregado não quer nem saber se a empresa que ele está trabalhando está dando lucro ou prejuízo, está vendendo bem ou mal, está tendo custos e despesas mais do que a maioria dos concorrentes do mesmo setor da economia ou não. Ele não enxerga que o futuro próspero da empresa onde ele trabalha pode ser a permanência do seu emprego.

Culturalmente, nós brasileiros somos criados, desde os primórdios, para estudarmos muito e arranjarmos um bom emprego ou passarmos num concurso público e adquirirmos “estabilidade”. Esta maneira de pensar está mudando, mas muito lentamente. A reviravolta ética, jurídica, política, administrativa, da mídia e da maioria das pessoas aqui no Brasil tem feito muitos de nós analisarmos essas “verdades” sobre estabilidade e concurso público.

Quanto à visão de empregador, de patrão, de empreendedor, pode ser em funcionários de empresas dos mais variados portes e tamanhos, independente de faturamento ou de quantidade de trabalhadores. Você pode ser empregado e ter visão e preocupação de empregador ou de patrão. Você pode ser funcionário de uma empresa e sempre estar atento aos lucros ou prejuízos que essa entidade está tendo, inclusive periodicamente. Pode se envolver em projetos para alavancar os resultados da empresa, mesmo sem fazer parte daquele setor ou departamento. O empreendedor não é só aquele que quer colocar um negócio próprio, mas as pessoas que mesmo sendo empregados pensam no seu futuro como profissional, preocupados com a saúde econômica e financeira da empresa onde trabalham estarão também se preocupando com o seu próprio emprego.

Por isso, respondendo à pergunta do título deste texto, você é quem vai decidir que futuro terá daqui a 5, 10 ou 20 anos em termos profissionais. Enquanto estiver tendo visão míope, visão de curto prazo somente até a sexta-feira ou até o quinto dia útil para receber o salário, provavelmente, você terá resultados medíocres. Esquecendo um pouco a dualidade patrão-empregado da luta de classes, comece servindo, se doando, dando conhecimento e força de trabalho que, inevitavelmente, as bonanças materiais virão como consequência.

Pense nisso!!!

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João Lavor

Contador Prof. Dr. João F. de Lavor – Life Coach, Doutor em Educação, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Contador e Pedagogo.

Website: http://www.joaolavor.com.br

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